VIVER...

A VIDA É UMA PEÇA DE TEATRO QUE NÃO PERMITE ENSAIOS. POR ISSO, CANTE, CHORE, DANCE, RIA E VIVA INTENSAMENTE, ANTES QUE A CORTINA SE FECHE E A PEÇA TERMINE SEM APLAUSOS...

CHARLES CHAPLIM

26 setembro 2011

Carência...


Você já parou para analisar quanto valorizou as coisas que já perdeu na vida?
 Por exemplo: Você tem pessoas que lhe são preciosas. E por que em virtude de prestar atenção às coisas que já não lhe pertencem mais, não estão mais ao seu alcance, você lamenta. Enquanto isso, você deixa de olhar, prestar atenção, doar-se, para quem está realmente próximo, precisando um pouco mais de tempo de você.
Então um dia você as perde. Pronto! Vai novamente dedicar um tempo valorizando aquela perda. Mesmo que seja irreversível. Nesse período, outras pessoas podem se aproximar de você sem serem notadas. E por isso o ciclo se repete.
A idéia principal que eu quis discutir aqui, é: Pare tudo que está fazendo e olhe à sua volta, analise tudo que está ao seu alcance, a sua disposição, e, avalie quanto essas pessoas, coisas, sentimentos, realizações, posições, significam pra você.
Como dizemos no popular: “Não devemos chorar sobre o leite derramado”.
Cada dia é único, irrecuperável se perdido, mas imensurável se valorizado em cada instante.
Valorize o que você tem e não que perdeu!
Você já sofreu ou sofre de carência afetiva? Se você, me fizer esta pergunta hoje eu responderei com toda segurança: JÁ.
Mas se você me perguntar, por que estou falando sobre este tema aqui, eu te digo que da mesma forma que eu perdi e desperdicei muitos bons momentos da minha vida, por não compreender.
Mas o que é essa carência então e o que ela causa?
Sem entrar em termos técnicos ou da área da psicologia, posso dizer o que aprendi, a pessoa carente  sempre cobra as pessoas com as quais se relaciona como se fossem elas as responsáveis por sua  carência.
Entenda que o carente afetivo é inseguro e está sempre pronto a agradar, demonstrar muito amor e muito controle, sem perceber que isso acaba por sufocar a outra parte, mesmo não sendo esta a intenção, e nem a pessoa percebe, ela tem a necessidade de controlar as pessoas e os relacionamentos, temendo unicamente perder, camuflando muitas vezes seus sentimentos mostrando-se uma pessoa prestativa, sempre pronta a ajudar.
Funciona mais ou menos assim, a pessoa carente na verdade, deseja ardentemente amar  e passa a exigir ser amada, criando relações complicadas e frágeis. Acaba tornado-se alguém à míngua de amor, cultivando uma esperança de ser compensada.
Mas, quando é que se manifesta esta carência? Geralmente, é no carinho que não nos deram. Na falta da compreensão das nossas necessidades, do apoio que não nos foi dado, da atenção que nos é negada.
Sentimo-nos carentes quando depositamos nossas expectativas, passando a responsabilidade para outro de nos fazer felizes, porque sentimos incapazes de conseguir com o próprio empenho.
E ai, o que a pessoa carente faz? Corre atrás de algo ou alguma coisa para substituir e suprir aquilo que outra pessoa lhe negou ou negaram. E qual a conseqüência disso?
Abre as portas para ser rejeitada, para ser menosprezada e para não ser valorizada, muitas vezes não consegue satisfazer com o que recebe. Passa literalmente sugar a energia das pessoas que se aproximavam e exigi atenção constante delas, querendo agradar, querendo ser uma boa pessoa, em todas as áreas, por medo de ser novamente abandonada. Pessoas carentes sabem que as lágrimas são companheiras, pois vêem sozinhas e ficam juntas sem tentar consolar e sem fazer perguntas ou exigências. Elas ficam, simplesmente, presentes.
Que a vida é bela eu sei!  Mas a beleza da vida não é atrativo bastante para encher uma alma de querer, para injetar nela a vida e novas perspectivas. É preciso mais, muito mais que a luz do dia ou a suavidade de uma flor para dar a uma pessoa o desejo de se levantar e recomeçar o caminho... É difícil buscar forças quando já utilizamos todas as reservas possíveis, mas é exatamente esse o momento de dirigir-nos a Deus.
Quando Deus toma a direção das nossas vidas, das nossas emoções e sentimentos,  conseguimos  atravessar a dolorosa estrada da carência, depressão e da solidão, sabemos que chegaremos ao fim dela, pois se sozinhos nos sentimos, sozinhos já não estamos mais.
A vida continua linda, continua bela. E se já não sabemos mais olhar e observar, Deus nos ensina como abrir os olhos.
Pense nisso...

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