VIVER...

A VIDA É UMA PEÇA DE TEATRO QUE NÃO PERMITE ENSAIOS. POR ISSO, CANTE, CHORE, DANCE, RIA E VIVA INTENSAMENTE, ANTES QUE A CORTINA SE FECHE E A PEÇA TERMINE SEM APLAUSOS...

CHARLES CHAPLIM

14 maio 2012

VALE A PENA LER...

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.  De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente. Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longes e gritou "você não é homem!" aquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.Sentindo-me muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa. Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente.A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia, mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.No dia seguinte, eu cheguei a casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e volteia dormir. Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para se preparar bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais. Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca, mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis. Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a ideia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio", disse Jane em tom de gozação.Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo.Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.  No segundo dia, foi mais fácil para nós dois.Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado. No quarto dia, quando eu a levantei, senti certa intimidade maior como corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.  No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei. Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles, mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias. A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... Ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos. Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de ideia agora que estava tão perto do meu objetivo.Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento. Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu assegurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo". Eu não consegui dirigir para o trabalho... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de ideia. Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe Jane. Eu não quero mais me divorciar".  Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe. A Jane então percebeu que era sério. Deu-me um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouvi-la  chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.  Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe". Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde  encontrei minha esposa deitada na cama - morta. Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.   Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz! 
Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.  Mas se escolher compartilhar para alguém, talvez salve um casamento.Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam  tão perto do sucesso e preferiram desistir..
Valorize quem realmente te ama..Pense nisso!

24 abril 2012

Bom dia a todos meus amigos!


Faz tempo que não escrevo em meu blog, peço perdão a todos...Meu neto Pietro Joaquim nasceu dia 26/03/2012 .E quando soube que ele viria, minha vida deu uma volta enorme e hoje com tranquilidade estou novamente escrevendo e desejando um dia maravilhoso e repleto de alegrias a todos e dizer que estava morrendo de saudades.






28 dezembro 2011

Escrevo para você meu Netinho... Pietro!


Como conseguir explicar o que sentimos quando descobrimos que seremos vovó...
Posso dizer que é uma mistura de sentimentos tão grande, que não conseguimos nem tentar explicar...
A única coisa que posso dar certeza, é que é maravilhoso!!!
Ouvindo uma música bonita e de amor senti um desejo de escrever para você, papai e mamãe já escolheram seu nome...
Meu amado Pietro, vovó ainda não viu seu rostinho, não peguei você em meu colo, não toquei e nem olhei seus olhinhos, mas quero dizer o que já me fez sentir...
Você me fez descobrir as estrelas acima de nós, Você é único entre tantos.
Eu estive procurando por esse alguém especial, eu estive buscando por alguém para além de minhas amadas filhas dar meu amor, que é tanto e tão grande, procurando em lugar errado e decepções por esse caminho, achando que um homem completaria a carência...
E quando eu pensei que toda a esperança tinha acabado...
Um sorriso, lá estava à notícia que você viria para completar meu mundo... O homem que eu preciso, o especial...
Eu sempre me lembrarei de como me senti naquele dia. Um sentimento indescritível pra mim.
Sempre soube que havia uma resposta para as minhas orações... No meio desse turbilhão de problemas meu amor, Você vai chegar para trazer vida, em quem tinha perdido a vontade de viver.
Eu tive e sempre terei a razão da minha vida, de estar ainda viva, que são sua Mamãe e sua Titia, e agora... Você, você é mais uma vida para me dar vida... Tudo Deus tem propósito!
Te amo meu netinho Pietro!






23 dezembro 2011

Pedacinhos de Felicidades...

Quando estava a caminho do meu trabalho hoje, fiquei pensando... Datas Festivas, tudo tão bonito, enfeitado, luzes, cores, brilhos, tudo em uma correria para presentes, ceias e festas, outros se formando nos Colégios, escolas e Faculdades... Parei e pensei por um momento...
Qual o significado da vida? Qual o significado das coisas que você faz?
Qual o significado das palavras que você diz?  O que significa pensar?
Você tem uma opinião formada sobre si, sobre as coisas, sobre o mundo, ou apenas concorda com o que os outros pensam ou dizem?
Com tantas perguntas, poderia ser o início de uma simples aula de Filosofia, sociologia ou outras áreas. Mas eu me perguntei... Por que as pessoas antes de saírem fazendo compras, consumindo. Não param e pensam: Aonde isso vai me levar?
Eu mesma como consumista que sou, comprei uma geladeira, aproveitando a ajuda do governo, rsrs...
Quando chegou, fiquei feliz, abracei, como se falasse nossa é a melhor coisa do mundo, para muitos isso não é nada, mas para outros entendem o que senti naquele momento. Criamos voluntariamente ilusões, mergulhamos no silêncio ou nas nuvens quando isso nos é conveniente. E nos apaixonamos quando a alma, carente, tem sede.
Melhor, muito melhor viver dos sonhos que da dura realidade. Neles tudo é perfeito, sem máculas, sem as dores que nos fazem acordar. Os que vemos todos os dias vêem há tanto tempo que já nem percebemos mais.
Quantos enganos e desenganos porque o coração não soube olhar para o interior de si mesmo! Quantas noites perdidas, carinhos recusados, desejos sufocados, porque as pessoas se esquecem de guardar a magia de um amor que chegou um dia!
Somos todos abertos aos sonhos, senão a vida seria um caminhar sobre pedras. Temos todos, confessado ou não, esse pedacinho de romantismo dentro de nós que ora aflora, ora se esconde.
Amores são eternos enquanto durar, amor sem entendimento e sem confiança não é absolutamente nada, pessoas fingem, podemos pensar que estamos com a pessoa mais maravilhosa do mundo, só porque ela em algum momento demonstrou que nos amou.
Relacionamentos são compromissos. Se não há flexibilidade de uma parte e de outra e uma disposição para se guardar e ao mesmo tempo se adaptar à personalidade do outro, não há relacionamento que funcione. E se essa predisposição a se adaptar só ocorre de um lado, também não funciona. Se devemos aceitar a outra pessoa exatamente como ela é, mas  ai nós devemos nos ajustar a ela para que continuemos juntos, não há equilíbrio na relação. E é injusto.
Em todo relacionamento é preciso que haja contrabalanceamento. Cada um se esforça um pouco, põe o orgulho e as idéias fixas do lado e ambos encontram um meio de continuar no mesmo caminho. Somos humanos e podemos ser flexíveis se nosso coração nos pede. Isso não nos diminui, mas pelo contrário, nos engrandece.
Só o verdadeiro amor sabe continuar inteiro depois de ter sofrido as provações destinadas a ele. E esse que não se quebrou é o que realmente vale à pena. Ele não é uma idéia, é um sentimento, é a voz da alma, é o que não sabemos explicar, mas que pulsa assim mesmo. Ele vê, abre-se e aceita. Ele dói e sangra, mas segue em frente, vence os anos e as diferenças.
Acho que sabemos que amamos verdadeiramente uma pessoa quando a vemos partir, isso nos parte em mil, e ainda assim desejamos que essa pessoa seja feliz, mesmo se nossos mil pedaços vagam chorando em cada canto. Só o amor nos torna seres assim tão superiores, capazes de tanta grandeza.
Desejar a felicidade de quem magoou nosso coração não é assim coisa tão fácil. Exige de nós uma força extraordinária. Uma luta se trava em nós: Parte nos empurra, nos cega para o bom e abre nosso coração à mágoa e outra parte se enche de ternura com as lembranças do que de bom vivemos...
Sonhos... Eu mesma sonhei em dançar uma valsa, espero por este momento há muitos anos, e infelizmente ainda não tive, passaram datas especiais como estas de final de ano e início de outro... E a oportunidade não chegou, ou melhor, não foi o momento certo.
Mas eu fiz algo que valeu a pena nesse ano... Coloquei meu vestido lindo que passaria a Noite de réveillon, mas devido a problemas de saúde, vou ficar bem pertinho da minha família, e longe de outras importantes também que não podemos passar juntos, coloquei meus sapatos maravilhosos, acessórios, maquiagem e tudo que poderia ter direito a uma noite especial... Cheguei à minha sala sozinha, coloquei uma música do filme Romeu e Julieta, e ali sozinha dancei, fechei meus olhos e imaginei estando em Londres na Ponte de Westminster, próximo ao Palácio Westminster, em uma noite de verão... Deprimente? Vocês acham? Eu não!
Sei que hoje muitos vão rir desse fato, mas para que preciso agradar os outros e esperar se posso ter pedaçinhos e sonhos de felicidade...  Sim, somos pessoas ricas de sonhos e de coisas pequenininhas que, juntas, formam nosso tesouro.
Deus não quer pessoas feitas crianças mimadas, que nunca estão satisfeitas e nunca estarão. Deus quer pessoas equilibradas, que sabem reconhecer o bem que possuem e fazem proveito disso. É isso o que alguns chamam de felicidade. A felicidade não é utopia, não é para o futuro ou para quando tivermos ganhado na Sena ou milionários, ou quando for isso ou aquilo.
Felicidade é olhar para dentro de si mesmo, fazer um "check-up" da própria vida e se contentar dos maravilhosos presentes que recebemos um dia e que não soubemos agradecer nunca. E se sentir saciado. Se você ainda acha que tem pouco... Pense na possibilidade de trocar de vida com quem tem menos...  Quem sabe nem uma geladeira... Reflita... E depois agradeça a Deus por ter feito de você uma pessoa tão rica por ser cheia de pedacinhos de felicidade!
Pense nisso!