Não espere tanques, fuzis e estado de sítio.
Não espere campos de concentração e emissoras de rádio,
tevês e as redações ocupadas pelos agentes da supressão das liberdades.
Não espere tanques nas ruas.
Não espere os oficiais do regime com uniformes verdes e
estrelinha vermelha circulando nas cidades.
Não espere nada diferente do que estamos vendo há pelo menos
duas décadas.
Não espere porque você não vai encontrar, ao menos por
enquanto.
A revolução comunista no Brasil já começou e não tem a face
historicamente conhecida. Ela é bem diferente. É hoje silenciosa e sorrateira.
Sua meta é o subdesenvolvimento. Sua meta é que não possamos decolar. Age na degradação
dos princípios e do pensar das pessoas. Corrói a valorização do trabalho
honesto, da pesquisa e da ordem.
Para seus líderes, sociedade onde é preciso ser ordeiro não
é democrática.
Para seus pregadores, país onde há mais deveres do que
direitos, não serve.
Tem que ser o contrário para que mais parasitas se nutram do
Estado e de suas indenizações.
Essa revolução impede as pessoas de sonharem com uma vida
econômica melhor, porque quem cresce na vida, quem começa a ter mais, deixa de
ser "humano" e passa a ser um capitalista safado e explorador dos outros.
Ter é incompatível com o ser. Esse é o princípio que estamos
presenciando.
Todos têm de acreditar nesses valores deturpados que só
impedem a evolução das pessoas e, por consequência, o despertar de um país e de
um povo que deveriam estar lá na frente.
Vai ser triste ver o uso político-ideológico que as escolas
brasileiras farão das disciplinas de filosofia e sociologia, tornadas
obrigatórias no ensino médio.
A decisão é do ministério da Educação, onde não são poucos
os adoradores do regime cubano mantidos com dinheiro público. Quando a norma
entrar em vigor, será uma farra para aqueles que sonham com uma sociedade cada
vez menos livre, mais estatizada e onde o moderno é circular com a camiseta de
um idiota totalitário como Che Guevara.
A constatação que faço é simples.
Hoje, mesmo sem essa malfadada determinação governamental -
que é óbvio faz parte da revolução silenciosa - as crianças brasileiras já
sofrem um bombardeio ideológico diário.
Elas vêm sendo submetidas ao lixo pedagógico do socialismo,
do mofo, do atraso, que vê no coletivismo econômico a saída para todos os
males. E pouco importa que este modelo não tenha produzido uma única nação onde
suas práticas melhoraram a vida da maioria da população. Ao contrário, ele
sempre descamba para o genocídio ou a pobreza absoluta para quase todos.
No Brasil, são as escolas os principais agentes do serviço
sujo... São elas as donas da lavagem cerebral da revolução silenciosa. Há
exceções, é claro, que se perdem na bruma dos simpatizantes vermelhos.
Perdi a conta de quantas vezes já denunciei nos espaços que
ocupo no rádio, tevê e internet, escolas caras de Porto Alegre recebendo freis
betos e mantendo professores que ensinam às cabecinhas em formação que o
bandido não é o que invade e destrói a produção, e sim o invadido, um facínora
que "tem" e é "dono" de algo, enquanto outros nada têm. Como
se houvesse relação de causa e efeito.
Recebi de Bagé, interior do Rio Grande do Sul, o livro
"Geografia”, obrigatório na 5ª série do primeiro grau. Os autores são Antônio
Aparecido e Hugo Montenegro.
O Colégio Auxiliadora
é uma escola tradicional na região, que fica em frente à praça central da
cidade e onde muita gente boa se esforça para manter os filhos buscando uma
educação de qualidade.
Através desse livro, as crianças aprendem que propriedades
grandes são de "alguns" e que assentamentos e pequenas propriedades
familiares "são de todos".
Aprendem que "trabalhar livre, sem patrão" é
"benefício de toda a comunidade". Aprendem que assentamentos são
"uma forma de organização mais solidária... do que nas grandes
propriedades rurais".
E também aprendem a ler um enorme texto de... Adivinhe quem?
João Pedro Stédile, o líder do criminoso MST que há pouco tempo sugeriu o
assassinato dos produtores rurais brasileiros.
O mesmo líder que incentiva a invasão, destruição e o roubo
do que aos outros pertence. Ele relata como funciona o movimento e se embriaga
em palavras ao descrever que "meninos e meninas, a nova geração de assentados...
formam filas na frente da escola, cantam o hino do Movimento dos Sem-Terra e
assistem ao hasteamento da bandeira do MST".
Essa é a revolução silenciosa a que me refiro, que faz um texto lixo dentro de um livro lixo
parar na mesa de crianças, cujas consciências em formação deveriam ser
respeitadas.
Nada mais totalitário. Nada mais antidemocrático. Serviria
direitinho em uma escola de inspiração nazifascista. Tristes são as
consequências.
Um grupo de pais está indignado com a escola, mas não
consegue se organizar minimamente para protestar e tirar essa porcaria
travestida de livro didático do currículo do colégio.
Alguns até reclamam, mas muitos que se tocaram da podridão
travestida de ensino têm vergonha de serem vistos como diferentes. Eles não são
minoria, eles não estão errados, mas sentem-se assim.
A revolução silenciosa avança e o guarda de quarteirão é o
medo do que possam pensar deles.
O antídoto para a revolução silenciosa? Botar a boca no
trombone, alertar, denunciar, DIVULGAR, fazer pensar, incomodar os agentes da
"Stazi" silenciosa.
É o que faço... Não há silêncio que resista ao barulho!
Diego Casagrande é jornalista em Porto Alegre